A realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e, principalmente, dos Jogos Paralímpicos, representa um marco histórico no Brasil, como uma ferramenta de conscientização e de inclusão social, à medida que promove oportunidade de superação e mudanças na cidade do Rio de Janeiro, trazendo os olhos do mundo ao país.
A arquitetura da cidade carioca sofreu algumas alterações ocasionadas por novas obras que trouxeram melhorias de acesso aos deficientes e aos turistas, além de adaptações feitas para idosos e crianças.
De acordo com o Censo Demográfico 2010, realizado pelo IBGE, mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência, o que ressalta a importância dessas obras de acessibilidade em todo o país, como rampas de acesso, ônibus adaptados, escolas preparadas para atender a essa demanda de alunos, professores capacitados e todo tipo de recurso, até mesmo nos meios de hospedagem, que, após a repercussão dos Jogos, aumentaram o número de quartos adaptados.
Apesar dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos terem trazido mudanças na cidade do Rio de Janeiro e de terem ganhado notoriedade da mídia internacional, a cidade ainda está longe do ideal, pois a intenção de abrigar os Jogos no Rio de Janeiro é deixar um legado para a cidade e para a nação, além de incentivar a prática de esportes.
O Brasil, pela primeira vez na história, participa de todos os esportes das Paralimpíadas e patrocina 90% dos atletas paralímpicos (262 deles) com o programa Bolsa Atleta, que apoia esportistas independentemente de suas condições financeiras, demonstrando que políticas públicas devem ser prioridade para promover a inclusão social, pois auxiliam na conscientização social.
“A performance de um atleta paralímpico faz com que quem assista tenha uma transformação de dentro para fora. Eles percebem as eficiências do atleta paralímpico, aquilo que eles maximizam e o que conseguem fazer, e não ficam prestando atenção na deficiência que porventura aquele atleta tenha. Ela não está escondida, ela está lá, está visível, mas nesse contexto ela importa menos do que a eficiência. E esse é um grande fator de mudança de atitude”, afirmou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.