Menos horas de sono é associada a mais gordura corporal em crianças

Menos horas de sono é associada a mais gordura corporal em crianças

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Um estudo sobre o sono infantil, considerado dos mais completos até o presente momento, confirmou que crianças que dormem menos que o recomendado em qualquer fase da infância acumulam mais gordura ao chegar aos sete anos.

Uma equipe do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, levantou dados por meio de entrevistas com 1.046 mães de crianças aos 6 meses, 3 anos e 7 anos de idade, e também por questionários preenchidos anualmente pelas mães. Os resultados foram publicados no periódico Pediatrics e demonstraram que não existe uma idade ou fase mais específica que seja crítica para a privação do sono, contrariando o que se acreditava antes a respeito da importância de se dormir mais horas de sono nos dois primeiros anos de vida.

A pesquisa, que avaliou o tempo em que as crianças dormiam incluindo as horas dedicadas à soneca durante o dia, definiu a quantidade de sono ideal para elas, considerando como insuficiente menos de 12 horas de sono até os 2 anos de idade, menos de 10 horas entre 3 e 4 anos, e menos de 9 horas na faixa dos 5 aos 7 anos. Verificou-se que crianças com déficit de sono podem aumentar o acúmulo de gordura corporal, o que, no futuro, pode ser um fator de risco para a obesidade.

O resultado da pesquisa foi definido a partir do relato das mães sobre a quantidade de horas dormidas pelas crianças, bem como pelo cálculo do IMC (índice de massa corporal), além de percentuais de gordura, massa magra corporal, gordura abdominal (considerada uma das mais perigosas) e circunferência de quadril e cintura. Esses dados eram medidos em cada entrevista presencial realizada.

Observou-se que as crianças com menor quantidade de horas de sono possuíam maior nível de gordura corporal, inclusive abdominal, com associação em todas as idades, além da associação a menor quantidade de sono nas crianças residentes em lares cujas mães tinham menor nível de escolaridade e menor rendimento. 

A pesquisa não identificou a causa ou o mecanismo que leva a falta de sono a ser um fator de risco para a obesidade; entretanto, especula-se que seja pelo fato de que dormir pouco altera os hormônios que controlam a fome e a saciedade. 

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