As constantes cenas de choro entre os jogadores da seleção brasileira têm dividido a opinião de psicólogos especializados na área esportiva.
Alguns acreditam que este tipo de atitude atrapalha e arrisca o desempenho do time, porém existem aqueles que consideram essas manifestações saudáveis e que esse tipo de atitude pode fortalecer o time.
Um adversário que olha para o capitão e vários jogadores do outro time aos prantos tende a se sentir mais forte, afirma o presidente da Associação Paulista de Psicologia do Esporte, João Ricardo Cozac.
Para o especialista, o trabalho da CBF para a Copa do Mundo deveria ter começado tão logo o país foi escolhido como sede do evento, em 2007.
Deixaram (para preparar os atletas) para 13 dias antes do Mundial. Está errado, alerta Cozac.
Para Suzy Fleury, especializada em psicologia esportiva, o momento é preocupante. É preciso mudar o discurso. Em vez dessa coisa do Hino Nacional, deles estarem jogando pelo Brasil é preciso focar no futebol, nos fundamentos da bola, opina.
A psicóloga que trabalhou com Vanderlei Luxemburgo na seleção há 15 anos, acredita que o choro deve ser evitado. (O choro só) demonstra que eles estão vulneráveis emocionalmente, completa.
Outros psicólogos não enxergam a situação de forma tão incisiva e acreditam que não exista nenhum fator preocupante no ato. Para os latinos, culturalmente, o choro é uma expressão natural de demonstração de sentimento, diferente dos europeus, por exemplo. Esses psicólogos acreditam que não há risco de descontrole emocional ou dimensão negativa nessas atitudes, ao contrário, o choro durante a partida seria uma válvula de escape considerada uma atitude completamente normal.
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