Música pode ajudar os bebês a processar fala, revela estudo

Música pode ajudar os bebês a processar fala, revela estudo

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Expor bebês à música pode ajudá-los a reconhecer ritmos e melhorar a capacidade de detecção de linguagem, revelou um estudo publicado no mês de abril nos Estados Unidos. A pesquisa observou o comportamento de um grupo de bebês com menos de 9 meses, estimulando-os musicalmente e avaliando reações nas regiões do cérebro.

Christina Zhao, pesquisadora do Instituto de Aprendizado e Ciências do Cérebro (I-LABS) na Universidade do Estado de Washington, principal autora do estudo, afirmou: "Nosso estudo é o primeiro realizado em bebês que sugere que se expor a ritmos musicais pode melhorar a capacidade de detectar ritmos na linguagem".

O estudo publicado na revista Academia de Ciências dos Estados Unidos, “PNAS”, observou a evolução de 39 bebês que foram separados em dois grupos. No primeiro, verificaram a evolução de 20 menores de nove meses, aos quais ensinaram a reproduzir ritmos musicais em um pequeno tambor. Já no segundo grupo, a evolução foi verificada com outros tipos de brinquedo, como carrinhos ou cubos.

Após uma semana o grupo de estudos submeteu os bebês a testes a fim de determinar as áreas do cérebro em que houve maior atividade. A agência AFP constatou que as crianças incentivadas a participar de jogos que envolviam músicas tiveram maior atividade cerebral em regiões responsáveis pelo aprendizado da linguagem. 
Segundo os pesquisadores, a linguagem, bem como a música, possui fortes características rítmicas. O ritmo das sílabas auxilia a distinguir os sons e a compreender o que uma pessoa diz, e é essa capacidade de identificar os diferentes sons que ajuda os bebês a aprender a falar.

"Para adquirir a capacidade de falar, os bebês devem ser capazes de reconhecer os tons e os ritmos e ter a capacidade de se antecipar", considerou Zhao. "Isto significa que um estímulo musical precoce pode ter efeitos mais amplos nas capacidades cognitivas", complementou.

Também do I-LABS, a coautora do estudo, Patricia Kuhl, fez a seguinte observação: "A percepção de padrões é uma habilidade cognitiva importante, e melhorar essa habilidade desde cedo pode ter efeitos duradouros na capacidade de aprendizado".

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