As universidades abriram fronteiras para receber alunos e tornaram-se muito mais acessíveis, ampliando o direito que todos têm à educação. Levantamentos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já presentes na Síntese de Indicadores Sociais (SIS) de 2015, acompanharam esse crescimento nos últimos dez anos, baseando-se no número de estudantes, e não no total de jovens, pois isso incluiria também os que não estudam.
De acordo com os dados, todas as regiões do país registraram alta no número de estudantes no nível superior; entretanto, ainda há desigualdades. A região que apresentou maior aumento foi a Nordeste, em que a proporção era de 16,4% e passou para 45,5%, representando um aumento de 29,1% da população universitária. A região Norte também apresentou dados expressivos, passando de 17,6% para 40,2%. A região Sul, por sua vez, passou de 50,5% para 72,2%.
O crescimento também mudou de acordo com a etnia. O número de estudantes brancos em universidades passou de 47,2% em 2004 para 71,4% no ano passado. No caso dos estudantes pretos e pardos com idade entre 18 e 24 anos, o crescimento foi de 16,7% para 45,5% na última década, denotando que o percentual de pretos e pardos no ensino superior em 2014 ainda era menor que o percentual de brancos no ensino superior dez anos antes.
Os dados mostram que, em dez anos, houve um incremento total de 25% de estudantes universitários em todo o país. Há dez anos, os jovens com idade entre 18 e 24 anos representavam 32,9% da população universitária, número este que cresceu para 58,5% em 2014.