Aconteceu ontem a palestra sobre a forma de comunicação háptica (do grego hapitiko, que significa sentido de movimento e tato), como ela acontece e como ocorre o seu desenvolvimento, especialmente como se dá essa comunicação com pessoas com surdocegueira (ou seja, pessoas que apresentam perdas auditivas e visuais simultaneamente em graus diferentes). Com a perda sensorial dos sentidos, o surdocego acaba desenvolvendo métodos de comunicação com os sentidos que ainda lhe restam, para interpretar o meio em que está inserido, movimentar-se, trabalhar, estudar e levar a vida da forma mais adequada possível.
Para profissionais da área da saúde, a comunicação eficaz e o trabalho com pessoas com deficiências múltiplas são um desafio, pois, para desenvolver esse trabalho e atingir o sucesso, que é a comunicação mais eficaz possível, o profissional deve estar atento a todos os detalhes a respeito do paciente, como o grau de sua deficiência ocular, por exemplo, pois isso determinará ou não a necessidade do uso de cores, estratégias e recursos materiais. É importante também observar qual o estilo de aprendizagem do paciente, o seu parceiro de comunicação e como se dá a interação entre eles, e qual dos subsistemas de comunicação háptica se enquadra mais às necessidades do paciente.