Pós-graduação em enfermagem: Por que cursar?

Pós-graduação em enfermagem: Por que cursar?

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Na área da saúde a oposição/complementaridade entre a formação generalista X especialista está sempre presente nos debates sobre a qualidade dos profissionais. O Ministério da Educação ao orientar as atuais diretrizes curriculares da formação no nível de graduação nesta área destaca que é preciso desenvolver competências e habilidade voltadas para a atenção à saúde de forma integralizada, ou seja, generalista, humanista, crítica e reflexiva e afirma que a formação superior precisa ser capaz de “promover no estudante a competência do desenvolvimento intelectual e profissional autônomo e permanente.”1 Ressalta que isto “permite a continuidade do processo de formação acadêmica e/ou profissional, que não termina com a concessão do diploma de graduação.”1

Ainda o mesmo documento1 expõe a importância de que os  egressos/profissionais sejam orientados tendo em vista “a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, indicando as competências comuns gerais para esse perfil de formação contemporânea dentro de referenciais nacionais e internacionais de qualidade.” Portanto, a graduação não deve encerrar a formação e nesta exposição trago dois fortes argumentos:

1- O mercado de trabalho, em todas as áreas, está a cada dia mais exigente. O contraponto é que em algumas categorias, aqui destaca-se o Enfermeiro, a oferta de profissionais vem crescendo sem, contudo, atender ao esperado em termos de competências e habilidades que respondam ao anseio dos empregadores e da população usuária do sistema de saúde.

2- A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2004 na 57ª Assembleia Mundial de Saúde aprovou a criação de uma aliança internacional para tornar a segurança do paciente uma iniciativa mundial. Tal medida levou em consideração as discussões da 55ª Assembleia Mundial de Saúde ocorrida em 2002 que encorajou os países a prestar o máximo de atenção possível a este problema, a reforçar a segurança na assistência e estruturar sistemas de monitoramento.
A OMS foi incitada a elaborar normas e padrões mundiais e apoiar esforços de desenvolvimento de políticas e práticas de segurança do paciente em todos os países. Assim, foi lançada a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente. Os objetivos são: “não provocar danos” e “reduzir consequências adversas causadas pela prestação de cuidados inseguros e pela má qualidade da assistência na saúde”.

O Enfermeiro é o profissional que lidera uma equipe de trabalho que acompanha o usuário por todas as 24 horas da sua permanência nas instituições de saúde. Ao definir enfermagem o Conselho Internacional de Enfermeiras afirma que ela “engloba o cuidado autônomo e colaborativo de indivíduos de todas as idades, famílias, grupos e comunidades, doentes ou não, em todas as suas configurações [...] inclui a promoção da saúde, a prevenção de doenças e os cuidados de pessoas doentes, deficientes e morrendo. [...] promoção de ambiente seguro, pesquisa, participação na formulação da política de saúde, no tratamento dos pacientes e nos sistemas de gestão da saúde e educação”.2

Então a pergunta é: a especialização é importante para o Enfermeiro? A resposta é sim. Cursar uma Especialização passa a ser obrigatório, diante da evolução exponencial dos saberes que exige, dos profissionais, uma complementação da teoria desenvolvida na graduação.

Ao mesmo tempo em que oferece uma maior aproximação à prática e as áreas de interesse, consolidando sua missão de atender as exigências do mercado de trabalho.  Deixa de ser um item opcional e torna-se uma necessidade de todos os que desejam aprofundar conhecimentos, melhorar o desempenho profissional e aumentar a sua rede de contatos. Enfim, ampliar recursos profissionais para uma prática segura pautada em conhecimento científico e atualização.

Ambiciona-se que esses conhecimentos, oriundos da especialização, sejam capazes de ser incorporados na prática diária promovendo mudanças no agir e nas atitudes desses profissionais e, assim, forçosamente, provocando mudanças nas políticas e práticas das instituições de saúde.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer  CNE/CSE nº 1133/201. Diário Oficial [da] União de 3/10/2001, Seção 1E, p. 131. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2001/pces1133_01.pdf. Acesso em 17/03/2015.

2. ICN. International Council of Nurses. Definition of Nursing. 2014. Disponível em: http://www.icn.ch/about-icn/icn-definition-of-nursing/. Acesso em 17/03/2015.

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