Conviver com o sofrimento faz parte da vida dos profissionais de saúde. Em especial da equipe de enfermagem. Atender ao paciente queimado é um desafio em todos os aspectos das competências e habilidades da equipe. Tal a sua especificidade, a abordagem ao paciente queimado não pode prescindir preliminarmente de organização e identificação dos recursos necessários para esse atendimento.
A fase aguda ou fase da agressão, que se estende até 48 horas após o acidente, tem como principal meta a manutenção da vida e estabilização do paciente, atendendo aos protocolos de primeiro atendimento do ATLS (Advanced Trauma Life Support) para os pacientes traumatizados de qualquer tipo de trauma.
Ao receber o paciente em sua fase aguda, é necessário interromper o processo de queimadura ao mesmo tempo em que se faz uma avaliação sistemática da complexidade do quadro incluindo identificação da superfície corporal queimada, profundidade e agente etiológico. A ressuscitação volêmica, a limpeza da pele queimada com retirada dos debris e o manejo da dor são algumas das inúmeras demandas de cuidados para esse paciente.
Profa. Ana Lucia Pazos Dias, docente do curso de especialização em Enfermagem em Emergência pré e intra-hospitalar.