O câncer da pele é o tipo de tumor mais incidente na população - cerca de 25% dos cânceres do corpo humano são de pele. É formado por células da pele que sofreram alterações e multiplicaram-se de maneira desordenada e anormal dando origem a um novo tecido, a neoplasia. Entre as causas que predispõem ao início desta transformação celular aparece como principal agente a exposição prolongada e repetida à radiação ultravioleta do sol.
São mais de um milhão de novos casos por ano nos Estados Unidos e 134.170 novos casos no Brasil.
Há dois tipos básicos de câncer de pele: não-melanoma, geralmente das células basais ou das escamosas, e o melanoma, que têm origem nos melanócitos, as células produtoras de melanina.
O câncer de pele não- melanoma representa 95% do total dos casos de câncer de pele e os dois tipos mais comuns são o carcinoma de células basais e o carcinoma de células escamosas.
Dentre os cânceres não melanoma há o carcinoma basocelular (CBC), que é o mais frequente e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular. Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são CBC e 20% são CEC.
Já o melanoma cutâneo, mais perigoso dos tumores de pele, tem a capacidade invadir qualquer órgão e se espalhar pelo corpo. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro.
Os principais sinais e sintomas dos carcinomas de células basais são:
- Ferida aberta com sangramento, que permanece aberta durante várias semanas.
- Área avermelhada, em relevo ou irritada, que pode descascar ou coçar, mas que raramente dói.
- Protuberância de cor rósea brilhante, avermelhada, branco perolado ou transparente.
- Lesão rósea com borda elevada e parte central encrostada.
- Cicatriz com área branca, amarela ou cerosa, e bordas mal definidas.
Os principais sinais e sintomas dos carcinomas de células escamosas (espinocelular) são:
- Verruga em crescimento.
- Mancha persistente, escamosa, vermelha, com bordas irregulares, que sangram facilmente.
- Ferida aberta que persiste por semanas.
- Lesão elevada com superfície áspera e uma depressão central.
- Lesão sensível ao toque.
- Encontrados, principalmente, na face, couro cabeludo, braços, dorso das mãos e pernas.
Você deve consultar um médico se detectar:
- Crescimentos na pele que correspondem a qualquer manifestação citada acima.
- Desenvolvimento de novas lesões na pele.
- Alterações suspeitas em manchas de nascença.
- Ferida que não cicatriza em duas semanas.
Fatores de risco:
Pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem proteção adequada têm um risco aumentado para câncer de pele. Isso porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando alterações celulares que podem levar ao câncer. Quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele.
O câncer de pele incide preferencialmente na idade adulta, a partir da quinta década de vida, uma vez que quanto mais avançada à idade maior é o tempo de exposição solar daquela pele. Também é um câncer que atinge homens com mais frequência do que mulheres.
Pessoas com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer câncer de pele, assim como aquelas que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia quando exposta ao sol também corre mais risco. Aqueles que têm muitos nevos (pintas) espalhados pelo corpo também devem ficar atentos a qualquer mudança, como aparecimento de novas pintas ou alterações na cor e formato daquelas que já existem. Pessoas com pintas ou manchas de tamanhos grandes também devem ficar atentas.
Pessoas com o sistema imunológico baixo têm um risco aumentado de câncer de pele. Isso inclui as pessoas que têm a leucemia ou linfoma, pacientes que tomam medicamentos, ou realizaram tratamento de quimioterapia, que acabam agredindo o sistema imunológico, ou então aqueles que foram submetidos a transplantes de órgãos.
Visto que o sol está cada vez mais forte devido a diversos fatores, inclusive o aquecimento global, não devemos esquecer de nos proteger, utilizando o protetor solar que é um item de uso obrigatório, para todas as pessoas, durante todo o ano. Mas é quando chega o calor, os feriados do fim do ano e as férias escolares que todo mundo lembra de se proteger: 80% das vendas de protetor solar acontecem no verão, coisa que devia ser feita o ano todo.