São Paulo enfrenta uma das maiores estiagens da história, somada a problemas estruturais no sistema de abastecimento de água, atormenta moradores da maior cidade da América do Sul.
Além, da redução dos níveis de água do reservatório da Cantareira aos irrisórios 22% de sua capacidade colocam São Paulo em estado de calamidade.
É a primeira vez que se registram níveis tão baixos no reservatório responsável por 45% de atendimento da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
A responsabilidade dos preocupantes índices, segundo o governo, é a falta de chuvas que faz deste o verão o mais seco desde 1984.
As altas temperaturas batem recordes. Campanhas para racionamento já começam a circular nos meios de comunicação, com o inevitável apelo para o controle do uso de água.
Quais as consequências para a população?
Como conseqüência a população enfrenta a falta de água para as atividades domésticas e comerciais de muitos estabelecimentos durante horas ou mesmo dias seguidos, sobretudo nas regiões mais altas e afastadas dos centros onde se faz a reserva, o que pode gerar desconforto, problemas econômicos e de saúde.
O que pode ser feito
É preciso investir em novos sistemas de produção de água que busquem mananciais alternativos no vale do Paraíba, na Baixada Santista e outras regiões vizinhas da metrópole, como prevêem diversos estudos.
Também é necessário interligar esses sistemas, para que haja mais flexibilidade na transposição de águas de reservatórios mais cheios para os mais vazios, aumentar a eficiência operacional da Sabesp, que ainda apresenta índices elevados de perdas (cerca de 20% da água produzida se perde em vazamentos), além de investir em tecnologias de reutilização da água.