No atual protocolo do Ministério da saúde, bebês com perímetro cefálico menor que 32 cm são enquadrados como suspeita de microcefalia relacionada ao vírus zika. No entanto isso pode mudar.
De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Ministério e divulgada na ultima quarta-feira, 29 de junho, na revista "The Lancet", 20% dos bebês que nasceram com problemas de saúde relacionados ao zika, possui o tamanho do crânio normal, ou seja, somente o fato de ter um crânio menor e histórico de vermelhidão na pele durante a gestação não caracteriza suficientemente quais bebês foram afetados pelo vírus.
Por essa razão o Ministério da saúde estuda uma forma de mudar o protocolo de atendimento de bebês com microcefalia ou que nasceram com possíveis danos provocados pelo vírus zika, podendo incluir outros sintomas como alterações neurológicas, como critérios para triagem dos bebês, independentemente da presença de microcefalia.
O coordenador-geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, comentou em nota as possíveis alterações nos procedimentos, “Estamos adequando nossos protocolos a esses achados para ampliar as investigações e melhorar nosso sistema de vigilância. Neste momento, o Brasil e o mundo já acumularam mais conhecimentos sobre a doença e podemos, com esse aprendizado, aprimorar o monitoramento das consequências da infecção congênita pelo vírus zika”.