Homens são quase duas vezes menos propensos a sofrer de ansiedade do que as mulheres, especialmente as mais jovens. É o que uma revisão de 48 estudos liderados pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido revelou. A análise revelou ainda que o transtorno é mais comum em quem sofre de doenças crônicas e até mesmo em gestantes.
O estudo envolveu milhares de pessoas pelo mundo e por meio disso foi possível avaliar a ansiedade em um contexto cultural. Os pesquisadores descobriram que as culturas anglo-europeias tendem a sofrer mais com ansiedade do que as indo-asiáticas. Já as culturas íbero-latinas se mostraram no meio-termo, ou seja, no meio do caminho entre as duas.
A pesquisa avaliou que os transtornos de ansiedade com relação à idade dos indivíduos, neste caso os mais jovens são afetados até os 35 anos. No entanto o estudo não identificou as possíveis causas relacionadas a isso.
Os pesquisadores observaram que a proporção da incidência do transtorno manteve-se alterada, e cerca de 4% da população geral apresentavam os sintomas entre 1990 à 2000, contradizendo assim a noção geral de que este problema é mais comum hoje em dia.
Pessoas com problemas de saúde como doenças cardiovasculares ou esclerose múltipla apresentam o dobro da incidência da doença, sendo 1 em cada 10 pacientes cardiovascular e 1 em cada 3 em pacientes com esclerose.
De acordo com os autores do estudo, nos Estados Unidos, os gastos anuais com o transtorno são estimados em média US$ 42,5 milhões. O problema pode levar a incapacidade, uso de substâncias e até elevar o risco de suicídio.
Outro transtorno que costuma afetar mais as gestantes e mulheres no pós-parto é o TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, um distúrbio de ansiedade que costuma afetar 1% da população. Nas gestantes e nas que acabaram de ter filhos, a proporção foi o dobro.
As constatações da pesquisa foram publicadas na revista Brain and Behavior.