Os desastres correspondem à interrupção grave do funcionamento de uma comunidade que causa perdas humanas e/ou importantes perdas materiais, econômicas ou ambientais que excedam a capacidade da comunidade afetada para fazer frente à situação utilizando seus próprios recursos.
Podemos citar como exemplo de desastres naturais relacionados à redução de precipitação hídrica como: estiagens, seca, queda intensa da umidade relativa do ar e incêndios florestais. Além disso, há desastres naturais relacionados à geodinâmica interna da terra que podem causar: terremotos, abalos sísmicos, e deslizamentos.
De uma maneira geral, os desastres naturais - fenômenos naturais combinados com seus efeitos nocivos podem causar:
** Causar mortes, ferimentos, enfermidades que podem exceder a capacidade de resposta dos serviços locais de saúde;
** Danificar/destruir infraestrutura/equipamentos, afetar Recursos Humanos da saúde local podendo alterar a prestação de serviços de rotina com conseqüências na morbimortalidade;
** Interromper os serviços de produção e distribuição de água, serviços de drenagem, limpeza urbana e esgotamento sanitário favorecendo a ocorrência de doenças;
** Interromper os serviços básicos de telecomunicações, energia, represas, subestações, meios de transporte, aeroportos, rodovias, oleodutos, gasodutos, etc.
** Provocar desastres secundários que podem destruir ou danificar instalações ou fontes fixas (indústrias, depósitos químicos) ou móveis (transporte), ocasionando rompimentos de dutos,
** lagoas de contenção de rejeitos, vazamentos de substâncias químico-radioativas com riscos à saúde humana;
** Causar contaminação microbiológica por alagamentos de lixões, aterros sanitários.
Há um Instrumento que oferece suporte à Vigilância em Saúde para propor diretrizes na organização junto à Vigilância em Saúde Ambiental a partir de estratégias de ação que orientem medidas de prevenção e controle de situações de risco e de agravos associados aos desastres naturais.
Como estratégias de atuação da Vigilância em Saúde, no campo de Vigilância Ambiental, Sanitária e Epidemiológica, bem como a Zoonoses, há necessidade de uma operacionalização com um diagnóstico ambiental, nos locais atingidos que ajudará condutas assertivas nestas calamidades como determinar os riscos e necessidades; avaliar a capacidade instalada para fazer frente à demanda de serviço médico e abrigo através de:
** vulnerabilidade das edificações: cadastro de casas em situação de risco, condições das vias de acesso,
** vulnerabilidade socioeconômica: dados das famílias (chefe de família, vínculo empregatício, número de pessoas que habitam a residência),
** vulnerabilidade biossocial: identificação de idosos, crianças, deficientes; medicamentos e insumos de primeiros socorros; nível educacional do chefe de família; experiências anteriores em eventos naturais; conhecimento da família da vulnerabilidade.
Cursos de pós-graduação na área de SAÚDE
Curso de pós-graduação em vigilância sanitária e qualidade de alimentos