A microcefalia é a condição onde o bebê nasce com o crânio do tamanho menor que o normal. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a criança é considerada com microcefalia quando apresenta o perímetro cefálico igual ou menor que 32 cm. O esperado é que as crianças tenham pelo menos 34 cm com nove meses. Para prematuros esses valores são diferentes, e seguem o esperado para cada período.
Mas o fato é que, para auxiliar famílias que enfrentam este problema, professores desenvolveram um aplicativo que servirá de orientação no que diz respeito aos estímulos necessários para cada fase do desenvolvimento da criança.
A iniciativa veio de docentes do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE) Edna Barros, Alex Sandro Gomes e Renata Maria , com o MOBCARE, que é um projeto voltado para a criação de tecnologias que auxiliam no estímulo e monitoramento de crianças com microcefalia.
O serviço irá funcionar através de um aplicativo que terá um sistema de monitoramento e integrações relacionadas às condições clínicas dos portadores da doença. A ferramenta será desenvolvida em colaboração entre o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) e a Fundação Altino Ventura (FAV).
O objetivo do aplicativo é ajudar as famílias a entenderem melhor o que é a microcefalia, auxiliar nos estímulos da criança e estabelecer canais de comunicação entre as pessoas envolvidas nos cuidados com a criança.
Em tempo: Com 369 casos de microcefalia confirmados de agosto de 2015 a julho deste ano, Pernambuco amarga o primeiro lugar no ranking da doença em todo o Brasil. Dessas ocorrências, 156 estão relacionadas ao zika.