Com o início da Operação Carne Fraca, que apontou irregularidades nos principais frigoríficos do Brasil, diversos países que importavam carne brasileira anunciaram a restrição temporária das mercadorias. China, Chile, União Europeia e Coreia do Sul estão entre eles – e já totalizam mais de 30% das exportações brasileiras de carne.
A ação envolve as maiores fornecedoras de carne do país, como a JBS, portadora das marcas Friboi, Seara e Swifrt e a BRF, que controla as marcas Sadia, Perdigão, entre outras.
A União Europeia pediu que o Brasil suspendesse a exportação de todas as empresas envolvidas na operação. Na China, as carnes brasileiras estão retidas nos portos, enquanto a Coreia do Sul baniu frangos das empresa BRF, proprietária de marcas como Sadia e Perdigão. O Chile suspendeu temporariamente a importação de carnes bovina.
Em evento com a imprensa nesta segunda-feira, 20, o presidente Michel Temer afirmou que o agronegócio do país não pode ser desvalorizado por um “pequeno núcleo”. Enquanto isso, o governo trabalha para que as restrições não se expandam às demais exportadoras, que não estão sendo investigadas.
Após a operação iniciada na última sexta-feira, 17, profissionais de vigilância sanitária recolheram carnes de inúmeros supermercados para perícia.
O Brasil é atualmente o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, sendo o maior exportador. Por este motivo, há uma grande preocupação por parte das empresas, com os impactos negativos causados por conta do processo. Todas as 21 fornecedoras listadas na operação negam algum tipo de irregularidade.