O espaço comercial, além de ser estético, precisa ser um ambiente estimulador ao consumo. O Empreendedor sobrevive através da venda de seus produtos ou serviços e, assim sendo, seu ponto de venda tem como obrigação colaborar com o resultado financeiro do empreendimento.
Quem consegue comprar apenas pão em um supermercado? Ou quem compra apenas uma camiseta branca ao caminhar pelo shopping? Muitos lembrarão de uma ou duas pessoas que são capazes de se controlar e não se submeterem ao consumo. Porém, na grande maioria, 90% do público em geral consome por estímulos externos que o motivam inconscientemente a consumir.E é esse estimulo que o arquiteto, muitas vezes junto com outros profissionais, se baseia para desenvolver seus projetos.
Não basta, nesse caso, o local ser bonito, tem que ser vendedor. E para atingir esse objetivo, o profissional responsável pelo projeto precisa aliar arquitetura e engenharia à publicidade e à psicologia do consumidor. Todas suas decisões estéticas e técnicas têm como objetivo principal induzir o consumidor ao consumo. O Arquiteto projeta não para seu cliente, mas para o cliente do cliente. Ele precisa entender a cabeça do consumidor final, seus hábitos, sua cultura, seus sonhos e desejos, o que lhe motiva, para, enfim, através do projeto arquitetônico, estimular o consumo.
Portanto, o arquiteto, para obter um melhor resultado no projeto comercial desenvolvido, deve sair da caixinha da arquitetura e se capacitar em outras áreas com o intuito de agregar novas informações a fim de projetar espaços que se relacionem com seu público alvo. A Arquitetura Comercial, enfim, se mostra como uma área multidisciplinar na qual o profissional estuda desde marketing e design gráfico até moda e comportamento humano, sempre com foco no resultado comercial do empreendimento.
Artigo escrito por Me. Marcelo Teixeira, coordenador do curso de Pós-graduação em Arquitetura de Espaços Comerciais: Varejo e Gastronomia da USCS.