O coordenador do curso de pós-graduação em Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate, William Soares de Freitas, comentarista dos Jogos Olímpicos Rio 2016, fala sobre o Judô nas Paralimpíadas.
Quando surge o tema do judô nas Paralimpíadas, não podemos deixar de citar o “maior” nome da modalidade ou de toda a equipe paralímpica, não em termos de quantidade, pois o judô só permite a disputa de uma categoria (diferentemente, por exemplo, da natação e do atletismo), mas em termos de resultados e longevidade: Antonio Tenório da Silva, tetracampeão (1996, 2000, 2004 e 2008) e bronze (2012). Como atleta da seleção, disputando desde 1996, na Rio 2016 ele está em sua quinta participação, aos 46 anos de idade, enfrentando atletas mais jovens, com até metade de sua idade.
Falando com propriedade sobre esse atleta, pois participei diretamente de dois desses cinco ciclos olímpicos, o que prevalece, além de sua parte técnica, é o seu excelente preparo físico, mantido por treinamento, alimentação e descanso adequados, condições fundamentais para a obtenção de condicionamento físico e controle emocional em processo competitivo.
Do ponto de vista da preparação física, o atleta paralímpico precisa de adequações; por isso, o profissional que atua nesse segmento precisa conhecer os princípios básicos do treinamento, bem como periodização (base, pré-competitiva, competitiva e pós-competitiva), fisiologia, bases nutricionais, aspectos emocionais (agressividade), estratégias de aprendizagem e desempenho, entre outros. Esse conhecimento valoriza o profissional de educação física na equipe multidisciplinar.
Por isso, quem deseja trabalhar com o desporto paralímpico de rendimento necessita de especializações que atendam a essa demanda, tendo em vista que o Brasil vem se tornando uma potência paralímpica, levando à procura cada vez maior de profissionais capacitados para atuar nessa área.
Pense nessa ideia e prepare-se para o futuro e para um mercado crescente. Estude e adquira conhecimento. Faça parte dessa equipe!