Nos últimos anos, os brasileiros passaram a conviver diariamente com o uso massivo de uma expressão que há anos não era tida com tanta importância: crise econômica. Ela atingiu agressivamente diversos setores, obrigando até mesmo grandes estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro a decretarem condições de calamidade. Contudo, depois do longo período conturbado, a economia brasileira aos poucos vem apresentando mudanças positivas, com indícios de que 2017 poderá trazer um leve respiro aos brasileiros.
Um dos motivos para o levantamento de tal hipótese é a desaceleração da inflação, conforme indicado no Boletim Focus, divulgado no dia 2 de janeiro pelo Banco Central. De acordo com o relatório apresentado, a inflação deve fechar 2017 em 4,87%, contra 6,40% do ano anterior.
Apesar de modesto, o avanço econômico para 2017 será melhor que as duas quedas seguidas no PIB (Produto Interno Bruto). Com isso, estima-se também que os juros deixem marcas menores no bolso dos consumidores, indo de 13,75% para 10,25% no final do ano.
“Uma taxa de juros declinante é importantíssima para uma economia em recessão porque diminui o custo de capital das empresas, favorecendo novos investimentos. Não tinha condição de se investir como a Selic estava”, declarou o economista e consultor empresarial José Maria Porto.
Mesmo com previsões otimistas para a economia brasileira este ano, a crise só será dissolvida com persistência e disciplina na aplicação dos ajustes fiscais por parte dos Governos Federal e Estaduais. Os gastos públicos deverão ser supervisionados e avaliados de forma rigorosa. O cenário político também é incerto, mas pode ser revertido com o comprometimento dos gestores.
Fonte do depoimento: O Povo Online