A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou em último dia 21 de julho, no Rio de Janeiro, um estudo que sugere que a transmissão do vírus Zika também pode ser realizada pelo mosquito Culex quinquefasciatus, nome científico do pernilongo doméstico ou muriçoca, e não apenas pelo mosquito Aedes Aegypt.
O estudo foi realizado na região metropolitana de Recife (PE), onde a incidência da espécie Culex quinquefasciatus é 20 vezes maior que a do Aedes Aegypt.
Os pesquisadores analisaram 80 grupos de mosquitos Culex quinquefasciatus e identificaram a presença do vírus Zika em três desses grupos. Em duas das amostras, os mosquitos não estavam alimentados, o que significa que o vírus estava presente no organismo dos mosquitos independentemente de terem se alimentado de algum hospedeiro infectado.
Com base nos dados dessa pesquisa, a Fiocruz ressaltou que serão necessários mais estudos para avaliar o potencial de transmissão do vírus Zika pelo pernilongo doméstico, além de seu real papel na epidemia da doença.
"Até os resultados de novas evidências, a política de controle da epidemia de Zika continuará pautada pelas mesmas diretrizes, tendo seu foco central no controle do Aedes aegypti", diz a nota publicada no site da fundação.