Prevenção e preconceito são palavras que não combinam. Quando se trata do câncer de próstata é preciso que os homens estejam em alerta para prevenir a doença, antes que ela se agrave. Por este motivo é que se faz necessário buscar o médico especialista, com o objetivo de monitorar a existência do câncer, por meio de exames de rotina. E é neste sentido que a Campanha Novembro Azul, uma iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia, vem atuado. A finalidade é informar e conscientizar cada vez mais a população do sexo masculino sobre prevenção, através de alertas divulgados nas redes sociais e na grande mídia.

De acordo com a professora do curso de Pós a distância em Enfermagem Oncológica da USCS, Especialista em Docência no Ensino de Enfermagem e Especialista em Enfermagem Oncológica, Gabriela Cristina Leite, são os homens a partir dos 50 anos que constituem o público-alvo da Campanha. A orientação é que eles realizem o exame de toque em consultório para a detecção precoce do câncer de próstata. “Este é um problema silencioso. Muitas vezes os sintomas se manifestam quando o câncer já se espalhou, e são caracterizados por vontades urgentes e repentinas de urinar, dificuldade para urinar, diminuição no jato de urina, ou até mesmo aumento da frequência urinária. Por isso, tanto o exame de toque retal, quando a avaliação de PSA, que mostra alterações na próstata, são essenciais”, confirma. 

Gabriela Leite também destaca que o tratamento é menos agressivo, a partir do momento em que o problema é descoberto em seu início. O tratamento depende do quanto a doença penetrou na próstata e se há metástase ou não. Depende, ainda, da sua agressividade, que é medida por uma escala chamada “Gleason”, além do valor do PSA no sangue. Se, no exame, avalia-se que o câncer está localizado apenas na próstata, o tratamento é feito com a cirurgia de retirada da próstata ou através da radioterapia, associada muitas vezes a uma injeção para bloquear a produção dos hormônios masculinos.

*Em tempo:

No Brasil, estima-se que todos os anos mais de 70 mil homens desenvolvam a doença. O câncer de próstata é o segundo mais comum entre pessoas do sexo masculino (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), segundo o INCA.