A gravidez é um marco na vida de toda mulher. Fase de muitas mudanças (formato do corpo, oscilações hormonais, enjoos, sono, fome, inchaço etc.) e dilemas. No meio desse turbilhão de novidades, a gestante ainda precisa tomar uma importante decisão: como será o meu parto?
O que não falta é gente para dar conselhos, falar da própria experiência negativa ou positiva e defender o seu ponto de vista sobre o melhor tipo de parto, mas “o que foi bom para algumas pode não ser para outras, e vice-versa”, alerta a professora Dra. Luz Alcira Ávila Rincón Alves, Coordenadora dos cursos de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).
Ela defende a autonomia da mãe na escolha, mas também que ela busque informações e exija que o médico leve em consideração a sua vontade. “Cada mulher tem uma experiência diferente de gestação. É necessário ter um acompanhamento médico para conhecer as limitações físicas, riscos obstétricos, prós e contras de cada parto para enfim optar por aquele que mais de enquadra em seu perfil”, explica.
Foi seguindo esse raciocínio que Camila Cristina Thimoteo, 35, escolheu a melhor forma de trazer ao mundo seu filho Piettro, hoje com 5 anos.
Ela conta que na época de sua gestação pesquisou muito sobre o tema e o fato de seu ginecologista a desencorajar do parto normal, dizendo ser uma experiência muito desgastante, não a abalou. “Eu tinha a ideia fixa no parto humanizado e sentia que o médico queria mesmo era que eu pagasse pelo parto com ele em um hospital de alto padrão no qual ele atuava, pois sempre dizia que se eu quisesse ter o parto com ele em um hospital público seria uma sorte, pois ele poderia não estar naquele dia de plantão. A postura dele só me fez querer ainda mais outro tipo de experiência com outro tipo de profissional”, desabafa.
Hoje em dia existe muita informação disponível para a mulher pesquisar e meditar sobre o assunto e mesmo assim algumas mulheres simplesmente não querem sofrer as dores do parto normal e já tem uma opinião formada. “A maioria acaba optando pela cesárea, acham que terão mais conforto, mas não levam em conta todos os benefícios do parto normal. Poder agendar o dia mais cômodo pra mim e me livrar das dores não me fez desistir do meu parto normal humanizado”, relata.
Camila teve seu parto normal humanizado na Casa de Parto de Sapopemba, e lembra com carinho da atuação de toda a equipe de enfermeiras obstétricas que lhe atendeu. “Um parto normal humanizado exige muita dedicação e vocação profissional, é uma experiência muito intensa para toda a família, principalmente para a mulher, e a enfermeira participa de tudo, do início ao fim, é algo mágico! Tenho muito orgulho de ter feito essa escolha”, finaliza, emocionada.
Por isso a mulher deve sempre priorizar o que deseja no momento do parto e verificar com profissionais especializados como tornar este dia ainda mais especial.