A LDB prevê acesso e permanência na matrícula e freqüência do aluno na escola. Quem é esse aluno? Onde vive? Como aprende? Essas perguntas deveriam ser feitas e claramente ouvidas e consideradas, pois segundo Vigotsky o sujeito é um ser social e transformador. Mas e quando essa transformação se limita a uma comunidade, grupo segregado vivendo a margem da sociedade?
Assim eram os surdos. Primeiramente solitários, distantes da escolarização, posteriormente vinculados a associações de surdos, vendendo o “alfabeto dos surdos mudos” nos faróis, Libras (leia-se Língua Brasileira de Sinais) é a primeira língua da pessoa com surdez e depois que se aprende a Língua Portuguesa. Eles aprendem a comunicação em Libras universal comum para a sua eficiência, identidade e expressão. As escolas regulares que atendem alunos surdos têm a obrigatoriedade da presença do intérprete em sala e aula, porém, por que não haver ensino de Libras para todos? Existem escolas bilíngües e por que não ter em seu currículo a língua de Libras?
A comunidade surda prefere abolir a classificação para nomeá-los como deficientes auditivos, pois crêem ser mais do que um diagnóstico, não são deficientes. Apenas se comunicam por uma língua diferente e logo rebatem: Quem é estrangeiro em nosso país e fala sua língua materna é deficiente? Logicamente não, portanto a referência certa é pessoa surda. Ouçamos essas vozes que cada dia aumenta o coral da existência e diversidade!Melhor ainda, cantemos juntos!