Na palestra intitulada “Broncoespasmo Induzido pelo Exercício” (B.I.E.) o professor e coordenador de cursos de Fisioterapia da USCS, Luzimar Teixeira, fez uma apresentação, análise e fundamentação teórica sobre a fisiopatologia da asma e os aspectos relacionados com as atividades físicas.
Um dos assuntos abordados por ele teve relação com a diferenciação entre asma e bronquite. No caso da asma, a origem é alérgica e genética. O que ocorre é que mediadores químicos são liberados no organismo e por consequência na corrente sanguínea, ativando os chamados órgãos de choque. É por isso que o paciente tem espasmos e sente a faltar do ar, já que surge uma inflamação nos pulmões. Quando se fala em bronquite, o que o paciente tem é diferente, porque surge uma infecção. Por isso há a necessidade de ser realizado o tratamento com antibióticos.
No B.I.E., no entanto, as alterações morfológicas decorrentes da asma e de outras manifestações alérgicas são induzidas pelo exercício físico. Neste sentido, há a importância da avaliação do pico de fluxo expiratório, com especial ênfase nas modificações físicas/fisiológicas que ocorrem com a atividade física programada.
Alguns dos sintomas do broncoespasmo são tosse, sensação de aperto no peito e opressão torácica, além do paciente não conseguir manter o mesmo ritmo durante a execução de sua atividade física. Sendo assim, pode-se dizer que a gravidade da ocorrência vai depender do quanto a pessoa é sensível à atividade física. O frio é um fato agravante, portanto, aqueles que já perceberam sintomas do broncoespasmo, não devem realizar exercícios físicos, como, por exemplo, a corrida, em temperaturas baixas.
De acordo com Luzimar Texeira, a importância dos programas educativos na prevenção das manifestações respiratórias e alérgicas é significativa, especialmente para que os profissionais da saúde possam conhecer causas, sintomas e o tratamento mais indicado.