O professor Edgard Joseph, que atua com geoprocessamento e avaliação de impacto ambiental, além de ser docente dos cursos de Pós em Engenharia Ambiental pela USCS, foi o convidado a participar do Programa Fala Prof! da última sexta-feira (16).
Ele abordou aspectos da Tragédia de Mariana e da Crise Hídrica de São Paulo e ressaltou que, o que ocorreu com Mariana, foi em proporções catastróficas. Justamente por este motivo, os líderes políticos dos estados atingidos e municípios deveriam prestar mais atenção a todos os fatores que levaram a este acontecimento.
O rompimento da barreira de rejeitos estava sendo monitorado, mas talvez foram os interesses econômicos e empresariais que retardaram uma avaliação mais efetiva relacionada à barreira. “Pode-se afirmar com certeza que este não foi um evento natural, aconteceu por falha humana e, de acordo com análises, a degradação do meio ambiente ocorreu de uma maneira tão grande, que a natureza vai demorar muito tempo para se recuperar de todos os danos sofridos”, destacou Joseph.
O professor lembrou que as companhias precisam agir de forma corretiva, claro, porém, ainda em maior necessidade, dar espaço para a as ações preventivas em qualquer caso que envolva os escassos recursos naturais frente às tragédias ambientais.
“O plano de emergência, o planejamento prévio dos procedimentos a serem tomados, os sinais de alerta, todas essas são medidas essenciais. Neste sentido, a auditoria e o monitoramento das não conformidades, por exemplo, também tornam-se essenciais para a garantia de que, caso haja um novo acontecimento como este, ele possa ser solucionado com tempo”, citou o professor.
Já no que diz respeito à crise hídrica de São Paulo, que começou mais fortemente em 2015, o professor opinou sob o viés de que a melhoria deve vir dos mecanismos de gestão, práticas de reuso da água. É um momento para avançar em outras agendas para estruturar soluções de longo prazo para segurança hídrica.
O fato é que especialistas pedem cautela e moradores relatam torneiras secas de forma periódica na Grande São Paulo. A questão ainda não está superada e, além da conscientização da população no que se refere ao uso da água, as autoridades responsáveis também devem formar um plano de ações que dê conta de toda esta problemática.
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