Hoje o smartphone faz parte do convívio em sociedade. Mensagens de texto, aplicativos, e-mail, toda a comunicação é facilitada por meio do acesso que chega através deste pequeno aparelho. E pode-se dizer que ele auxilia, e muito, a vida das pessoas.
No entanto, há que não consiga largar o celular por um minuto sequer e passa horas e horas digitando e enviando mensagens. O fato é que hábitos como esse resultam em problemas nas mãos e nos dedos. Por isso, torna-se cada vez mais frequente encontrar pacientes com doenças provocadas pelo uso excessivo de celular, principalmente quando estes utilizam só o polegar para digitar e navegar.
A primeira complicação que o excesso de digitação pode causar é a mialgia, que é uma dor nos músculos das mãos; depois, ela evolui para a artrite e a inflamação da articulação do polegar. E, então, pode acontecer a tendinite, que é a inflamação dos tendões do polegar.
O professor Eduardo Victor Pianca, das disciplinas Introdução à Patologia I e II, que ministra aulas na Pós em Reabilitação e Exercício Físico nas Lesões e Doenças Musculoesqueléticas da USCS, explica que é a posição das pessoas que também pode causar esta inflamação nos tendões. “Elas costumam ficar posicionadas durante horas com o pescoço inclinado para baixo. Isso sobrecarrega a coluna cervical e resulta em processos degenerativos”, salienta. Há uma reclamação frequente de pessoas de variadas idades que passam por este tipo de problema e existem especialistas que defendem que o uso do celular de maneira inadequada afeta a questão postural, enquanto outros afirmam que isso não é condizente.
Portanto, como prevenção, a dica é segurar o aparelho com apenas uma das mãos e digitar com o indicador, evitando a utilização do polegar. Na maior parte dos casos, o tratamento é feito com repouso, analgésico e bolsa de gelo, mas o paciente deve também ter bom senso e deixar o celular um pouco de lado.
Alongamentos são bem-vindos para que haja o fortalecimento do punho e dos dedos. Outra saída vem com os exercícios que podem aliviar ou até mesmo evitar dores. Eles são parte do tratamento fisioterápico e voltados para pessoas que já sentem os incômodos causados pelo uso do smartphone ou que trabalham com as mãos, digitando nos teclados dos computadores, por exemplo.